segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O que está acontecendo no Egito?

Pretendo, para os alunos e professores que freqüentam este blog, e devido a dificuldade de muito em ler artigos em lingua inglesa, traduzir livremente, uma série de artigos publicados pelo jornal estadunidense Huffington Post (www.huffingtonpost.com).



O que está acontecendo no Egito? Cara Parks


Após dias de protesto, a desobediência civil do Egito chegou a seu ápice hoje, com protestantes não cumprindo o toque de recolher e com os militares nas ruas. Se você é novo na história, veja o que está acontecendo.
Os protestos começaram na terça-feria, 25 de Janeiro, quando  - inspirada pelo sucesso da revolução na Tunísia - milhares de pessoas começaram a ocupar as ruas protestando contra a pobreza, o aumento do desemprego e ao governo autoritário e corrupto do Presidente Hosni Mubarak, que comanda o país há 30 anos. Estes foram os primeiros protestos em grande escala vistos no Egito desde a década de 1970. O governo respondeu através do bloqueio ao Twitter, que foi usado por organizações para coordenar os protestos. 
O bloqueio ao Twitter não deixou apenas os cidadãos egípcios irritados; trouxe também a atenção nacional para o ato de rebeldia. Nos dias que se seguiram, o Egito bloqueou o Facebook enquanto uma polícia furiosa e combativa assumia as ruas, prendendo e machucando milhares de pessoas com cacetetes, gás lacrimogêneo e canhões d'água. Os protestos não aconteceram apenas no Caio, a capital, mas também em Alexandria e Suez, outras cidades importantes no Egito. 
Com a continuação dos protestos, na quinta-feira, e com a ampliação das manifestações pelo país, o ganhador do prêmio Nobel e coordenador da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês) Mohamed ElBaradei (ehl-BEHR'-uh-day), retornou ao Egito de Viena, declarando que ele estava pronto para liderar os protestos. Muitas vezes lembrado como um potencial liderança após a queda de Mubarak, ElBaradei é uma forte força oposicionista. 
Além disso, a Irmandade Muçulmana, um agressivo grupo de oposição ao regime de Mubarak e oficialmente banido do Egito, articulou sua força atrás dos protestos, muitos deles são jovens, nerds egipcios, reporta o New York Times. Dois terços da população do Egito nunca conheceu outro lider além de Mubarak. 
Um grande protesto foi planejado para a sexta-feira, no mesmo instante que o governo tomou uma decisão inédita de bloquear  todos os serviços de internet do país. Com Twitter e Facebook já desligados, email e outras redes social também ficaram off-line. Mensagens de texto também foram bloqueados. Protestantes e jornalistas tiveram que encontrar outras saídas para divulgar informações.
Durante o dia, os militares foram convocados para garantir a segurança, uma ação que foi comemorada pelos protestantes. Muitos egipcios admiram mais as forças armadas que a polícia. O governo dos Estados Unidos anunciaram que enquanto durar os protestos, a administração Obama estaria revendo a substancial ajuda, ambas militar e não militar, dada ao Egito. (Egito é o secondo maior ganhador de ajuda dos Estados Unidos - logo após Israel).

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